terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O teste

Hoje a Joana acordou-me com um pedaço de plástico na mão. Eu tenho um despertar doce e jovial, algures entre um urso pardo com raiva e um guaxinim empresário em dia de pagamentos, e por isso quando ela me abanou para dar a novidade esperneei com pernas e braços e acabei por fazer voar o teste de gravidez para o chão. Não foi o melhor começo mas, tendo em conta a circunstância, podia ter sido pior. Refeita do susto, foi com um grande entusiasmo que ela lá conseguiu mostrar-me as duas tiras que indicam o resultado positivo. Não sei se fico espantado ou enojado por tudo aquilo que se pode saber com algumas gotas de chichi, provavelmente fico os dois, mas de hoje em diante vou ter mais cuidado e descarregar sempre a água depois de usar os urinóis públicos. Contém demasiada informação.
Levantei-me da cama num ápice e fui buscar a máquina fotográfica para fazer algumas fotografias da barriga. Vou documentar esta gravidez todos os dias para poder ver a barriga crescer, mas esta primeira fotografia serve, essencialmente, para poder mostrar ao nosso filho como a mãe já não era magra mesmo antes de o ter, pois acredito que essa discussão acabará por surgir, mais tarde ou mais cedo. A Joana diz que eu sou um imbecil, mas eu sei que na realidade ela quer dizer que me ama.

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